domingo, 2 de setembro de 2012

This is not the end!

Foram anos levando o blog Tchubaduba, sempre tentando levar um pouquinho de arte, ou simplesmente desabafar, compartilhar coisas que eu pensava serem legais de compartilhar. Muito obrigado por entrar aqui e ter feito parte desta história.

Mas é hora de tocar um novo projeto! O Tchubaduba para por aqui, mas nasce o Tem que ir lá!, blog mais focado em viagens, dicas de restaurantes, lugares, exposições e assim por diante.

Convido você a entrar nessa viagem!

Clique aqui e seja bem-vindo! :-)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um ano sem Amy Winehouse

Um ano sem ela, pra sempre com ela. Seu pequeno repertório foi o suficiente pra criar um marco na história da música.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Jeitinho carioca

A invenção de Hugo Cabret


Hugo é um garoto que leva uma vida quase que oculta em uma estação de trem de Paris, onde mora e trabalhar ajustando os ponteiros do relógio principal. Tendo perdido seu pai muito cedo, sobrevive com pequenos roubos feitos dos comerciantes da estação, e, apesar de sozinho, persegue um objetivo: conseguir peças para montar um “segredo” que seu pai, um exímio relojoeiro, deixou anotado em um pequeno caderno. Sua busca levará a conhecer muitos segredos a serem desvendados, mexendo com a vida de muitas pessoas.

A invenção de Hugo Cabret, ou simplesmente Hugo no nome original, dirigido pelo mestre Martin Scorcese, é um belo filme: a fotografia e os efeitos especiais dão um toque especial à história. Não é à toa que no Oscar desse ano arrebatou vários prêmios técnicos (como efeitos de som e visuais).

Mas o maior destaque não fica na técnica, e sim no enredo: mais uma vez, um filme em que predomina a “humanidade” e uma história singela, porém bonita, demonstra-se mais relevante que o caldeirão de super-heróis e besteiróis que invadiu os cinemas nos últimos tempos.

Filme para a toda a família.

A invenção de Hugo Cabret
Minha avaliação: ****



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sigur Rós - Valtari



Sigur Rós é uma daquelas bandas que tem um público bem específico (porém bastante fiel) e que se mantém de certa forma estável durante toda a carreira. Acusados de um certo “Coldplayismo” em seu último trabalho de estilo, por utilizarem mais batidas e sonoridades um pouco mais estruturadas e pop, eles agora voltam às suas origens neste novo disco, Valtari. Ou seja, longas canções, com clima etéreo e onírico.

Esta “volta” não deve ser encarada como um retrocesso, e sim como continuidade. Eles mostram o que fazem de melhor, e nos levam a um mundo paralelo, a um outro plano ao ouvir suas músicas. Mesmo as letras incompreensíveis aos nossos ouvidos não impedem de entrar nessa “viagem”, embalada pela voz tão característica de Jónsi. Os vídeos já lançados para promover o disco ajudam a promover este clima de sonho e leveza.

Não é o tipo de música para se ouvir a qualquer hora e em qualquer situação – até porque a beleza de seus detalhes se perde se não ouvirmos com certa atenção – mas garante momentos únicos de reflexão ou, simplesmente, relaxamento. Valtari é lindo do começo ao fim.








Sigur Rós - Valtari *****

domingo, 17 de junho de 2012

A arte da pintura

Lendo um livro sobre a história da arte, deparei-me com este quadro.


A arte da pintura - Johanes Vermeer (fonte: wikipedia)

"Arte da Pintura" ou "A Alegoria da Pintura" ou "O Pintor no seu Estúdio" é uma famosa pintura a óleo sobre tela, do século XVII do pintor holandês Johannes Vermeer. Muitos historiadores da arte acreditam que a pintura é uma alegoria, daí o título alternativo«. É a maior e a mais complexa de todas as obras de Vermeer. A pintura é famosa por ser uma das favoritas de Vermeer, e também é um belo exemplo do estilo de pintura óptica, oferecendo uma representação visual realista da cena e, especialmente, os efeitos de luz que flui através das janelas de nos vários elementos da pintura.
A pintura está em exposição no Museu Kunsthistorisches de Viena, Áustria, desde que foi adquirida pelo governo austríaco em 1946.

História

A pintura é considerada uma obra de importância para o artista, porque o pintor nunca a quis vender, mesmo quando estava em dívida. Em 1676, sua viúva, Catarina deixou de herança para sua mãe, Maria Thins, numa tentativa de evitar a venda da pintura a satisfazer os credores. O contabilista dos bens de Vermeer, o famoso fabricante de microscópios de Delft Anton van Leeuwenhoek, determinou que a transferência da obra do pintor para a sua cunhada era ilegal.
Não se sabe a quem pertenceu a pintura no século XVIII. Finalmente foi adquirido pelo médico holandês Gerard van Swieten. A pintura foi então herdado pelo também famoso Gerard, filho de Gottfried van Swieten, e mais tarde passou para as mãos dos herdeiros de Gottfried.[3] Em 1813, foi comprado por 50 florins pelo conde Czernin. Vermeer era pouco conhecido até o final do século XIX. Foi a intervenção de um estudioso de Vermeer, o francês Thoré Bürger e o historiador de arte alemão Gustav Friedrich Waagen que foi finalmente reconhecido como um original de Vermeer.[4] Foi colocado em exposição pública no Museu Czernin, em Viena.

Interesse Nazi

Após a invasão nazi da Áustria, altos oficiais nazis, incluindo Reichsmarschall Hermann Göring tentaram adquirir a pintura. Finalmente, foi adquirida ao então proprietário, o Conde Jaromir Czernin por Adolf Hitler para a sua colecção pessoal, pelo preço de 1.650 mil Reichsmark através de seu agente, Hans Posse, em 20 de Novembro de 1940.[5] A pintura foi resgatada de uma mina de sal no fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, onde foi preservada dos bombardeiros dos Aliados, com outras obras de arte.



Os americanos apresentaram a pintura ao governo austríaco em 1946, desde que a família Czernin foi acusada de ter vendido a pintura de forma voluntária, sem a força excessiva de Hitler. É agora propriedade do Estado da Áustria.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Muitos novos bons discos para ouvir!

Uma penca de novos bons discos acabou de sair do forno. Vários músicos que gosto muito lançaram novos trabalhos na mesma época, para nooooossa alegria.

·         A primeira é a Norah Jones, com seu Little Broken Hearts. O título já diz tudo: canções mais amargas, de fim de relacionamentos. Já faz tempo que ela tem deixado aquele lado boa moça de quando estourou, e agora dá um passo adiante, mergulhando em sonoridades mais calcadas no rock, em parte impulsionadas pela produção de Danger Mouse. O disco começa com a melancólica Good Morning (uma das melhores), passa pela ácida 4 Broken hearts (“I tried to erase you but didn’t get far away from you, because you still can break my heart”) e pela ótima Happy Pills, a primeira música de trabalho e a mais “pop” – todas essas parecem um exercício de exorcismo de seu namoro mal sucedido. A sonoridade da produção casadas com as letras deixaram o disco interessante e nada clichê. ****


·          Da mesma geração que Norah, John Mayer está de volta também no seu Born and Raised. Se Norah tenta buscar outras sonoridades, Mayer se mantém bastante estável e fiel ao seu estilo durante toda a carreira. Seu novo trabalho não é diferente, e isto não é necessariamente um problema: ele está melhor do que nunca. Folk, rock, blues e country são algumas de suas influências e estão evidentes em músicas como Queen of California. Shadow days, a música principal de divulgação, é uma das minhas favoritas desse ano e fala de superação, de momentos ruins que passaram. Bem conveniente. Já a canção que intitula o disco fala de mudanças e renovação, em uma balada folk bastante grudenta. Ótimo pra quem é fã do músico, que foi agraciado com um disco tão bom. ****


·         Quem está de volta às suas origens musicais é o grupo inglês Keane (para a nossa alegria, felicidade e realização, haha). Strangeland é bom do começo ao fim e tem aquelas baladas existenciais que tanto adoramos deles. Depois de experimentar outras sonoridades, eles voltaram a fazer o que sabem de melhor. Ouça Silent by the night, Disconnected (uma daquelas baladas perfeitas e emocionantes – que lembra um pouquinho The Killers – sobre relacionamentos abalados e falta de sintonia) e Sovereign Line Café e diga se estou mentindo. Um vício esse disco. ****


·         Depois de mil outros projetos e do fim do White Stripes, Jack White finalmente lança seu trabalho solo, repleto de blues, country, folk e rock (uma pegada sempre mais rocker, claro) e reafirma ser um dos músicos mais relevantes de sua geração. O cara é bom compondo e faz melodias como ninguém. Love interruption é uma grande música sobre as consequências ruins (ou melhor dizendo, as coisas que pode causar) do amor. I guess I should go to sleep é uma das minhas favoritas, com uma divertida letra que dá a impressão daqueles dias que a única coisa a se fazer é dormir, porque o resto nada dá certo, ou simplesmente porque se está esgotado. ****


·         Finalmente, a fofinha e engraçadinha e amadinha do mundo indie Regina Spektor lança What we saw from the cheap seats , também fiel ao seu estilo. Oh Marcello é uma balada engraçadinha em que ela faz uma fantástica citação de Don’t let me be misunderstood; Don’t leave me (Ne me quitte pas) mostra seu lado mais pop em uma música que poderia perfeitamente ter sido composta por Mika; e Firewood é balada de suas melhores. É como diz uma crítica que li esses dias – este disco é mais bem sucedido do que não agrada (muito mais) e é bem mais interessante que seu álbum anterior. ****

Viu? Um montão de discos e cantores bons. Veja alguns clipes e vídeos das músicas novas. Garanto que são todos muito bons!

 Regina Spektor - Don't leave (Ne me quitte pas)


Norah Jones - Happy Pills


John Mayer - Shadow Days


Jack White - Sixteen Saltines


Jack White - Love interruption



Rihanna - Where have you been

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um passeio pela Lapa, no interior do Paraná




Quando pensamos em turismo no Brasil, praia e natureza são as primeiras coisas quem vem à mente. Esquecemos que existe uma vasta gama de turismo histórico em pontos diferentes do país, e que este tipo de turismo pode ser um programão.

Neste último final de semana fui com minha família à cidade da Lapa, no Paraná, e pude viver uma volta ao tempo. A pequena cidade guarda histórias de mais de trezentos anos, marcadas, principalmente, pela ocorrência do Cerco da Lapa, período de 26 dias que a cidade e os militares governistas, liderados pelo General Carneiro, resistiram à invasão dos “maragatos”, grupo revolucionário vindo do Rio Grande do Sul, cuja intenção era chegar até o sudeste.
 
A arquitetura da cidade guarda muitas construções de épocas antigas e sua boa preservação dão um charme especial às suas ruas. Muitas casas abrigam histórias e fatos, e algumas delas são espécies de museus que podem ser visitadas. Uma delas é a Casa dos Cavalinhos, do século XIX, que possui uma interessante origem: seu primeiro dono sonhou com dez cavalos, em que oito estariam em terra e dois no céu, e no dia seguinte resolveu jogar na loteria. Não deu outra: ganhou o prêmio, e, para recordar de seu sonho, construiu uma casa com dez cavalos na fachada, e uma sala inteira pintada com nuvens. Hoje a casa é patrimônio da cidade e pode ser visitada, abrigando uma coleção de livros e objetos antigos.

Outros lugares que visitamos foram o Museu Histórico, que conta a história do Cerco da Lapa, com objetos da época (como a cama em que morreu o General Carneiro); e o Museu das Armas, que conta com acervo não só do evento ocorrido na cidade mas também armas utilizadas na Segunda Guerra mundial, em navios e outros momentos do passado.

O teatro da cidade conta com arquitetura mesclada de estilos (em que se destaca o vitoriano nos camarotes) e tem a sua estrutura intacta, apesar de uma parte estar interditada por razões de segurança. O curioso nele é que a sua inauguração contou com a presença de Dom Pedro II, que sentou no camarote central (chamado imperial) e registrou em seu diário que as obras do local ainda não estavam completas. A Igreja de Santo Antônio também mereceu uma visita, com seu altar e esculturas antigas; assim como o Panteon dos Heroes, local onde estão enterrados alguns personagens do Cerco da Lapa, como o General Carneiro.  


Em um final de semana de típico inverno, o passeio pela Lapa demonstrou ser uma opção muito agradável e interessante, em que pudemos mergulhar tanto na história de nosso país quanto aproveitar uma boa companhia e o charme da cidade!

 

O que foi o Cerco da Lapa? (fonte: Wikipedia)

O Cerco da Lapa foi um memorável episódio do Exército Brasileiro que ocorreu durante a Revolução Federalista em 1894, quando a cidade de Lapa (Paraná) tornou-se arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-paus (legalista) e os maragatos (federalista), contrários ao sistema presidencialista de governo. Resistiram bravamente ao cerco por 26 dias, mas sucumbiram pela falta de munição e comida.
A lendária batalha, deu ao Marechal Floriano Peixoto, chefe da República, tempo suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas. Ao todo foram 639 homens entre forças regulares e civis voluntários, lutando contra as forças revolucionárias formadas por três mil combatentes. Os restos mortais do General Carneiro, assim como de muitos outros que tombaram durante a resistência, estão sepultados no Panteão dos Heróis.

O que fazer na Lapa?

http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/br-pr-lapa/o-que-fazer

Onde ficar?

Pousada Tropeira - http://www.pousadatropeira.com.br/home
 

Princess of China - Coldplay feat. Rihanna

terça-feira, 12 de junho de 2012

A dança - Henri Matisse (1909)

 
Para Matisse, as figuras interessam como formas que constituem uma composição.Observe nesse quadro como as figuras humanas,o céu ao fundo e a terra formam um todo.Veja o emprego simples,mas intenso,das cores: o azul forte do céu,o verde da terra e o vermelho dos corpos.Note ainda a impressão de movimento que temos ao olhar as figuras que dançam entre o céu e a terra.Repare nos pés e nos braços das figuras:cada uma delas parece continuar o movimento inicido pela outra,como numa roda que gira sem interrupção.

"Em Henri Matisse a profusão de cores se faz presente. Utilizava a cor como meio mais de expressão do que de discrição e desdenhava as regras convencionais. A cor teve papel fundamental na sua obra. Nessa obra “A dança” permite o azul emergir como azul absoluto, e o mesmo vale para o verde da terra, para o vermelho vibrante dos corpos (Argan, 1992:154). "

Dentro do esquema cromático, no processo da escolha das cores  buscam expressividade em cada cor e seu valor absoluto: o azul absoluto; o vermelho, um vermelho absoluto; o amarelo, um amarelo absoluto; o verde, um verde absoluto, tudo isso respeitando a natureza peculiar da tinta ali se sobrepondo, camadas sobre camadas.

".O azul – “a cor do céu, sem nuvens, dá sensação do movimento para o infinito”, de acordo com Farina (2000). Presente aqui abre  a permissão para que cada espectador o sinta como um sentimento profundo, uma intelectualidade, uma verdade. Amarelo – simboliza a cor da luz irradiante em todas as direções. Preso... não. É lhe permitindo a busca, a expansão, e a luta por não se isolar. Permite-se a expectativa. Está presente a iluminação: o farol que me guiará para o ponto desejado – ela me ilumina... quero chegar até lá ... Vermelho “simboliza a cor de aproximação de encontro”, segundo Farina (2000). O vermelho que me circunda no amarelo é o calor é coragem, a alegria é a excitação, e a paixão que me impulsiona para que o eu não se  sinta um ser estático. Estou em movimento, aceito a mudança, sou cercada por impulso dinâmico ao que me impelem para uma busca de realizações maiores."

Dos pintores Fauvistas,Henri Matisse (1869-1954) foi sem dúvida,o mais expressivo.Destacou-se pela despreocupação com o realismo tanto nas formas quanto nas cores.Em sua obra,os objetos representados são menos importantes que a maneira de representá-los.

Fonte: http://artefontedeconhecimento.blogspot.com.br/2010/07/danca-1909-henri-matisse.html

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O homem que não amava as mulheres

Eu ainda não li a trilogia Millenium – até há pouco tempo não havia despertado muito meu interesse. A minha posição já está sendo reconsiderada. Penso que, se o filme é bom, imagina o livro. Isso porque assisti há alguns dias atrás O Homem que não amava as mulheres (The girl with the dragon tattoo) e achei demais!

A história envolve um jornalista (Daniel Craig), que é escolhido para investigar o desaparecimento de uma garota em uma pequena cidade e os mistérios envolvendo suas famílias; e uma garota rebelde e contraversora (Roomey Mara, em excelente interpretação), que é contratada pelos mesmos motivos, pois é ótima espiã, mesmo utilizando de métodos nada convencionais. Mesmo sendo um tanto estranha, impossível não sentir certa simpatia com ela quando a vemos em situações um tanto humilhantes em razão de crimes cometidos no passado.

O filme é um thriller de ótima edição e ritmo, como há tempos não se via (Drive foi um filme muito bom neste estilo, mas este é melhor, eu garanto). E não é à toa que Roomey foi indicada ao Oscar (pena que em um ano que tinha a Meryl Streep em uma brilhante interpretação da Dama de Ferro) – ela parece ser uma pessoa real fazendo um filme, e não uma atriz. Até o chatinho do Daniel Craig (sim, eu não gosto muito dele ou dos filmes com ele) manda muito bem.

Superou muito as expectativas e, mais uma vez, vou realmente considerar em ler os livros...

O homem que não amava as mulheres ****

Trailer:

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Marisa Monte brilha em sua nova turnê: Verdade, Uma Ilusão


Neste último final de semana Marisa Monte estreou sua turnê Verdade, uma Ilusão em Curtiba e eu pude assistir a este grande espetáculo, que marca sua volta aos palcos. Diferentemente do caráter intimista da sua última turnê (Universo Particular), Marisa está mais solta, contando algumas histórias por trás de suas composições e entregando ao seu público fiel uma porção de sucessos antigos, além de praticamente metade de seu disco mais recente.

A abertura foi com Blanco, poema musicado no disco Barulhinho Bom, e em seguida engatou O que você quer saber de verdade. Não faltaram então hits: A sua, Depois, Ilusão (originalmente gravada com Julieta Venegas em seu acústico para a MTV), Carnavália (dos Tribalistas), De mais ninguém, Na mira, Gentileza, Diariamente, Não vá embora são alguns exemplos disso. Também incluiu um cover em italiano, explicando a que é fã da cantora Mina Mazzini e inclusive chegou a convidá-la para gravar Ainda Bem.

O palco e a iluminação, um espetáculo à parte. Marisa sempre surpreende com suas soluções simples porém visualmente impressionantes, e neste show o destaque foram as projeções holográficas de vídeos e obras de artistas contemporâneos, citados pela própria cantora em determinado momento. Um momento de impacto foi a projeção de luzes no vestido da cantora, que ganhavam formas e projetavam uma grande sombra da própria ao fundo do palco. No bis, Amor I love you e Velha Infância, cantadas em coro por um público já em pé e em êxtase. O encerramento foi com Hoje eu não saio não, baião do seu novo disco.

Marisa conseguiu apresentar tudo o que um fã poderia esperar: grandes hits, momentos marcantes para as músicas novas, belos efeitos de palco e, claro, sua voz que continua linda como nunca. Gostem ou não gostem, ela é uma grande diva da música brasileira e, se depender da reação do público, continua muito em alta.

Marisa Monte – Verdade, uma ilusão *****

02/06/2012 – Teatro Guaíra, Curitiba – PR

Setlist do show:
1. Blanco (Marisa Monte, Octavio Paz e Haroldo de Campos)
2. O Que Você Quer Saber de Verdade (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes)
3. Descalço no Parque (Jorge Benjor)
4. Arrepio (Carlinhos Brown)
5. Ilusão (Ilusión) (Julieta Venegas, Marisa Monte e Arnaldo Antunes)
6. Depois (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)
7. Amar Alguém (Arnaldo Antunes, Dadi e Marisa Monte)
8. Diariamente (Nando Reis)
9. Infinito Particular (Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown)
10. E.C.T. (Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown)
11. De Mais Ninguém (Marisa Monte e Arnaldo Antunes)
12. Beija Eu (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay)
13. Eu Sei (Na Mira) (Marisa Monte)
14. Sono Come Tu Mi Vuoi (Antonio Amurri, Bruno Canfora e Maurizio Jurgens)
15. Ainda Bem (Marisa Monte e Arnaldo Antunes)
16. Verdade Uma Ilusão (Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte)
17. A Sua (Marisa Monte)
18. O Que Se Quer (Marisa Monte e Rodrigo Amarante)
19. Gentileza (Marisa Monte)
20. Tema de Amor (Carlinhos Brown e Marisa Monte)
21. Não Vá Embora (Carlinhos Brown e Marisa Monte)
22. Carnavália (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte)
Bis:
23. Amor I Love You (Carlinhos Brown e Marisa Monte)
24. Velha Infância (Davi Moraes, Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes)
25. Hoje Eu Não Saio Não (Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci, Betão e Chico Salem)

Diariamente:

Depois:

A Sua:

Ainda Bem:

Beija Eu:

Como tu mi vuoni:

Blanco + O que você quer saber de verdade:

Tema de amor:

Velha infância:

Não vá embora:

Fonte da foto e set list: www.marisadeverdade.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

New York City




22 horas para conhecer New York City. Ou melhor, um pouco menos que isso. Foi esta experiência que tive com a Big Apple neste ano. E este curto tempo já foi o suficiente para querer mais.

Chegar na cidade à noite de ônibus foi emocionante: ver ao longe aqueles prédios que estamos acostumados a ver na tv e filmes desde sempre e atravessar o Lincoln Tunnel já bastou para entrar no clima da cidade. Ter escolhido um hotel bem localizado ajudou a não perder tempo: o Residence Inn, localizado na xxxx, ficava a apenas três quadras da Times Square, a famosa praça dos painéis eletrônicos, em um ponto mediano entre os lugares que queríamos conhecer.
Na chegada já houve tempo suficiente para conhecer a Times Square à noite e ver que, mesmo naquele horário, o lugar fervia com os milhares de turistas, lojas, restaurantes e teatros. A Broadway estava lotada e me chamou a atenção a dimensão que tanto a rua quanto a Times Square tem: na minha cabeça, era tudo mais concentrado (na verdade, eu pensava na Times Square como a Picadilly Circus em Londres, mas descobri que é muito maior). É uma pena não poder ter ido a nenhum dos vários musicais, mas fica para a próxima.

Dia seguinte, hora de bater perna e conhecer um pouco da cidade. Uma caminhada não muito longa nos levou ao Empire State Building. Sua dimensão, vendo de baixo, é impressionante. E é interessante conhecer sua história, o que fizemos com uma visita-express ao prédio, que incluía uma espécie de simulador que falava de NYC e de histórias do edifício, e depois a subida ao topo. O dia estava sem nuvens, o que propicio uma bela vista de toda Manhattan. Subir no Empire não é barato, mas não me arrependo, porque é emocionante ver a cidade inteira de cima. Uma certa decepção: a estátua da Liberdade. Ela é muito menor do que parece. Do alto então, mal dá para se ver. Miudinha que só.

Depois disso, uma caminhada atravessando Manhattan e passando por alguns pontos (Rockfeller Center, MoMa), até chegar ao Central Park. Ele é enorme, bem cuidado e é lindo com os enormes prédios ao fundo. Demos uma volta na carruagem (o que também não foi barato, mas valeu a experiência) e depois nos aventuramos na pista de patinação do gelo. Constatação: não tenho talento nenhum para isso, e só não caí porque me segurei muito bem.

Depois do Central Park, um rápido Chipotle para almoço e caminhamos novamente em direção à Times Square para um café, algumas comprinhas e logo já se dirigir ao ponto onde tínhamos que pegar o ônibus.

Não tivemos muito tempo para explorar Nova York – foi tudo corrido e tivemos que optar por alguns lugares a outros. Porém esta rápida experiência já me deu certeza absoluta que quero e preciso voltar para lá: com certeza uma cidade a ser muito bem explorada.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Artista



Quem diria que um filme mudo e preto e branco encantaria o mundo? Pois encantou. E muitos podem se questionar porquê, mas acredito que os motivos são vários. A história é a de um ator de cinema mudo de muito sucesso que, em pleno auge da carreira, vê-se diante de um dilema e da possibilidade de fracasso ao deparar-se com o lançamento dos primeiros filmes com som. O ator, sempre acompanhado do seu fiel cão (que dá um show à parte e mereceria um Oscar “animal”, caso existisse), faz então uma tentativa de manter-se com sucesso em pleno a esta grande mudança, atravessando ainda problemas em sua vida pessoal.

Uma série de ideias simples, mas que complementam o enredo do filme, fazem muito sentido com a história: o fato de o filme ser mudo e preto e branco vai de encontro direto com ela e com os filmes rodados no enredo, em um exercício de metalinguagem. Os atores convencem bastante e conseguem cativar um público que está habituado a milhares de informações e efeitos especiais. A empatia cresce com o personagem principal quando nos colocamos em seu lugar e nos identificamos com a situação em que se encontra. E assim, uma história que poderia ser um filme qualquer transforma-se em uma grande homenagem ao cinema e aos seus primórdios.

O Artista não vai mudar a sua vida, mas é um belo filme.
 
O Artista ****

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cavalo de Guerra

Em tempos que o cinema está repleto de filmes por um lado com banho de realismo e por outro cheio de super-heróis ou ação desenfreada, faz-se falta algum que seja mais, leve, mais “inocente”. Cavalo de Guerra, indicado ao Oscar de melhor filme este ano, cumpre este papel.


O filme conta a história de uma família de camponeses que compra um cavalo para ser utilizado na lavoura e, como é muito novo, é treinado pelo jovem Albert. Ao passo que vai se apegando e conhecendo o comportamento do animal mais a fundo, os tempos são de guerra - a Primeira Guerra Mundial já havia eclodido e jovens estavam sendo recrutados. Neste caso, não foi o jovem, e sim o cavalo. O espectador é levado então a acompanhar a jornada do animal em meio à guerra, e ver como seu dono, mais tarde, foi alistado e não desistiu de saber o destino de seu cavalo.
Lendo, parece uma história banal. Porém, valores de lealdade são o cerne do enredo, desenvolvido de maneira bastante bonita e competente por Steven Spielberg. É daqueles que, mesmo longos, prendem e o fazem torcer para que tudo dê certo no final.
Cavalo de guerra ****

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Hospedeira


Um livro que tive certa resistência para começar, que foi arrastado até a metade. Essa foi a minha experiência imediata com A Hospedeira, de Stephenie Meyer, autora famosa pela série Crepúsculo. A minha resistência não foi pela referência que eu tinha da autora (até porque nunca havia lido uma obra sua e assim não era possível “julgá-la”); foi, sobretudo, por ser um livro de ficção científica e este gênero de leitura não ser uma das minhas opções favoritas.

Nesta história, o planeta Terra foi descoberto por uma espécie que se auto denomina “alma”, cujo aspecto físico seria uma “fita” prateada com antenas e cuja sobrevivência depende da o corpo de um hospedeiro – neste caso, os humanos. Quase toda a humanidade já está dominada por almas, seres pacíficos que, apesarem da invasão, tornaram o planeta Terra um lugar pacífico, sem crimes, sem competições e com a abolição do dinheiro. Um lugar perfeito, vendo por um lado, porém desprovido da essência da humanidade. Entretanto, um grupo de humanos conseguiu manter-se resistente, vivendo em uma caverna no deserto; entre eles Jared e Jamie, namorado e irmão, respectivamente, de Melanie, que foi “tomada” e hospedada por uma alma chamada Peregrina. O que poucos sabem é é que Peregrina continua ouvindo Melanie internamente, e esta prova resistência e não se deixa apagar dentro de seu corpo. Tomada por uma vontade de mudar e também pela vontade de Melanie, Peregrina acaba encontrando o lugar onde estão os humanos e é acolhida por eles. E nisto se desenvolve a trama da história: como os humanos recebem uma “alma”, com a dicotomia de ser o corpo de alguém que amavam muito.

O problema de A Hospedeira é pegar no tranco. Até a metade do livro, não conseguia encontrar motivação pra continuar. O argumento do enredo até que é bem interessante e poderia dar uma boa história, contudo não se tem muita profundidade na descrição ou construção das personagens. Em determinado momento, a história passa a envolver por causa da “empatia” causada por Peregrina.

Terminada a leitura, não mais que um livro lido a mais, cuja história estará em breve nos cinemas.

A Hospedeira – Stephenie Meyer **

domingo, 13 de maio de 2012

Para quem só gosta de auto-retrato

Outro dia, em São Paulo, saí com um grupo de quatro pessoas, das quais eu só conhecia uma. Quando perguntei onde íamos, uma das pessoas que eu não conhecia me respondeu: “vamos a um restaurante bem legal, um lugar super diferenciado“. Fiquei sem saber exatamente o que a resposta queria dizer, mas fui ao tal “lugar diferenciado” com o espírito aberto. Tratava-se de um restaurantezinho, em um bairro rico de São Paulo, cuja entrada discreta se notava pela movimentação de manobristas ocupados em receber uma fila de carros importados. Antes de entrarmos, notei três seguranças de óculos escuros, falando em walkie-talkies e vestidos de terno e gravata pretos, apesar do calor. No interior, todo mundo parecia ser da mesma família. Até nos olharam para ver se nos reconheciam de algum lugar. As mulheres tinham os cabelos lisos e joias e carregavam, além de óculos escuros, bolsas de couro desproporcionalmente grandes penduradas no braço. Os homens, por sua vez, estavam bronzeados e usavam camisas sociais bem passadas, enfiadas para dentro das calças. Muitos dos que tinham cabelos usavam gel. Todos comportavam-se como se estivessem em um clube. Ouvi alguém falar: “aqui só tem gente bonita!“ No cardápio do bar, além das caipirinhas de frutas variadas (lima da Pérsia, tangerina, morango), os mesmos drinks que se encontram em qualquer lugar do mundo. Alguém na nossa mesa pediu um Prosecco. No cardápio de comidas, palmitos (pupunha), raviólis de mussarela (de búfala) e tiramisus, com os quais as pessoas pareciam se deleitar. Eu entrei na onda e me deleitei também. No entanto, para o que era “diferenciado”, não havia nada de novo. A única coisa original eram os preços: fora de proporção, mesmo para quem mora em Tóquio, como eu. Na semana seguinte, fui a  um almoço de trabalho com uma conhecida que me disse que me levaria a um lugar em que “só havia gente bonita.” Devo confessar que tive certo receio de não ser bonito o suficiente e de acabar barrado na entrada do lugar. No entanto, ia convidado e não queria interferir nos planos de minha anfitriã. Se não me deixassem entrar, paciência. Para minha surpresa, o restaurante a que ela me levou parecia a filial do outro da semana anterior. Os mesmos carros importados, a mesma tropa de manobristas e os mesmos seguranças. A mesma caipirosca de lima da Pérsia. O mesmo palmito pupunha (na brasa) e os mesmos raviólis de mussarela de búfala (com molho de tomate e manjericão). As pessoas também pareciam as mesmas, e os preços astronômicos, idem. Ao longo da refeição, pensei ouvir umas duas vezes a palavra “diferenciado”. Também acho que entreouvi alguém dizendo “aqui só tem gente bonita”. Nos dois restaurantes, os cenários e os personagens se repetiam: mulheres de cabelos lisos com óculos escuros e homens bronzeados com a camisa para dentro das calças ocupados em ser elegantes sob um ar condicionado fortíssimo. Pensei na Val Marchiori, daquele seriado Mulheres Ricas, no qual tudo tinha grife e nada surpreendia, cuja personalidade se escorava em catálogos de lojas da Quinta Avenida. Entre um e outro copo de água (San Pellegrino), cheguei à conclusão de que as pessoas gostavam de ir a lugares diferenciados para não terem surpresas, para só verem pessoas iguais. Alexandre Vidal Porto Fonte: http://bravonline.abril.com.br/blogs/elemento-estrangeiro/

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Washington D.C.

É sempre uma boa experiência conseguir voltar a um lugar depois de muito tempo. Eu tive esta experiência ao poder voltar a Washington D.C. em Março deste ano, após quase treze anos depois de minha primeira visita. Não que Washington tenha mudado muito: o Capitólio, a Casa Branca, os parques, os monumentos, tudo continua muito parecido ou igual como estava. Mas foi nostálgico, por um lado, e novo por outro. Novo porque conheci lugares que eu ainda não conhecia e pude caminhar mais pela cidade, aproveitando a beleza das cerejeiras florescendo (fui em uma época muito próxima do Cherry Blossom, o festival de comemoração do florescimento das cerejeiras).

Washington tem características interessantes – ao mesmo tempo que é uma cidade “séria”, com bastante cara de sede administrativa (ainda mais com os vários prédios históricos), ela também é bastante turística e de certo modo “leve”. Isso talvez porque a vi em um final de semana, sem a agitação de um dia de trabalho. A grande caminhada feita naquele dia valeu a pena e pudemos ir a pontos como a Casa Branca, Capitólio, Biblioteca Nacional, Lincoln Monument, Washington Monument etc., em um dia bonito de céu azul.

Foi bom rever e passear pela cidade. Não sei voltarei um dia com o propósito de turismo, mas de qualquer forma aquele dia foi bastante relaxante.