Sigur Rós é uma daquelas bandas
que tem um público bem específico (porém bastante fiel) e que se mantém
de certa forma estável durante toda a carreira. Acusados de um certo
“Coldplayismo” em seu último trabalho de estilo, por utilizarem mais
batidas e sonoridades um pouco mais estruturadas e pop, eles agora
voltam às suas origens neste novo disco, Valtari. Ou seja, longas
canções, com clima etéreo e onírico.
Esta
“volta” não deve ser encarada como um retrocesso, e sim como
continuidade. Eles mostram o que fazem de melhor, e nos levam a um mundo
paralelo, a um outro plano ao ouvir suas músicas. Mesmo as letras
incompreensíveis aos nossos ouvidos não impedem de entrar nessa
“viagem”, embalada pela voz tão característica de Jónsi. Os vídeos já
lançados para promover o disco ajudam a promover este clima de sonho e
leveza.
Não
é o tipo de música para se ouvir a qualquer hora e em qualquer situação
– até porque a beleza de seus detalhes se perde se não ouvirmos com
certa atenção – mas garante momentos únicos de reflexão ou,
simplesmente, relaxamento. Valtari é lindo do começo ao fim.
Sigur Rós - Valtari *****
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