Uma penca de novos bons discos
acabou de sair do forno. Vários músicos que gosto muito lançaram novos
trabalhos na mesma época, para nooooossa alegria.
· A
primeira é a Norah Jones, com seu Little Broken Hearts. O título já diz
tudo: canções mais amargas, de fim de relacionamentos. Já faz tempo que
ela tem deixado aquele lado boa moça de quando estourou, e agora dá um
passo adiante, mergulhando em sonoridades mais calcadas no rock, em
parte impulsionadas pela produção de Danger Mouse. O disco começa com a
melancólica Good Morning (uma das melhores), passa pela ácida 4 Broken
hearts (“I tried to erase you but didn’t get far away from you, because you still can break my heart”)
e pela ótima Happy Pills, a primeira música de trabalho e a mais “pop” –
todas essas parecem um exercício de exorcismo de seu namoro mal
sucedido. A sonoridade da produção casadas com as letras deixaram o
disco interessante e nada clichê. ****
· Da
mesma geração que Norah, John Mayer está de volta também no seu Born
and Raised. Se Norah tenta buscar outras sonoridades, Mayer se mantém
bastante estável e fiel ao seu estilo durante toda a carreira. Seu novo
trabalho não é diferente, e isto não é necessariamente um problema: ele
está melhor do que nunca. Folk, rock, blues e country são algumas de
suas influências e estão evidentes em músicas como Queen of California.
Shadow days, a música principal de divulgação, é uma das minhas
favoritas desse ano e fala de superação, de momentos ruins que passaram.
Bem conveniente. Já a canção que intitula o disco fala de mudanças e
renovação, em uma balada folk bastante grudenta. Ótimo pra quem é fã do
músico, que foi agraciado com um disco tão bom. ****
· Quem
está de volta às suas origens musicais é o grupo inglês Keane (para a
nossa alegria, felicidade e realização, haha). Strangeland é bom do
começo ao fim e tem aquelas baladas existenciais que tanto adoramos
deles. Depois de experimentar outras sonoridades, eles voltaram a fazer o
que sabem de melhor. Ouça Silent by the night, Disconnected (uma
daquelas baladas perfeitas e emocionantes – que lembra um pouquinho The
Killers – sobre relacionamentos abalados e falta de sintonia) e
Sovereign Line Café e diga se estou mentindo. Um vício esse disco. ****
· Depois
de mil outros projetos e do fim do White Stripes, Jack White finalmente
lança seu trabalho solo, repleto de blues, country, folk e rock (uma
pegada sempre mais rocker, claro) e reafirma ser um dos músicos mais
relevantes de sua geração. O cara é bom compondo e faz melodias como
ninguém. Love interruption é uma grande música sobre as consequências
ruins (ou melhor dizendo, as coisas que pode causar) do amor. I guess I
should go to sleep é uma das minhas favoritas, com uma divertida letra
que dá a impressão daqueles dias que a única coisa a se fazer é dormir,
porque o resto nada dá certo, ou simplesmente porque se está esgotado. ****
· Finalmente,
a fofinha e engraçadinha e amadinha do mundo indie Regina Spektor lança
What we saw from the cheap seats , também fiel ao seu estilo. Oh
Marcello é uma balada engraçadinha em que ela faz uma fantástica citação
de Don’t let me be misunderstood; Don’t leave me (Ne me quitte pas)
mostra seu lado mais pop em uma música que poderia perfeitamente ter
sido composta por Mika; e Firewood é balada de suas melhores. É como diz
uma crítica que li esses dias – este disco é mais bem sucedido do que
não agrada (muito mais) e é bem mais interessante que seu álbum
anterior. ****
Viu? Um montão de discos e cantores bons. Veja alguns clipes e vídeos das músicas novas. Garanto que são todos muito bons!
Regina Spektor - Don't leave (Ne me quitte pas)
Norah Jones - Happy Pills
John Mayer - Shadow Days
Jack White - Sixteen Saltines
Jack White - Love interruption
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