sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008



Em uma conversa recente sobre o filme Across the Universe, soube de alguma decepção causada frente ao que se esperava. Confesso que quando comecei a ver o filme, também me senti um pouco “traído”, pois esperava muito mais. Mas à medida que o filme foi avançando, este sentimento ficou para trás. As múltiplas referências feitas no roteiro, a fotografia peculiar e, claro, as músicas dos Beatles, me fizeram gostar.

O filme conta a história de um pobre bastardo inglês rapaz que, ao ir para os Estados Unidos atrás de seu pai, faz novos amigos e se apaixona pela irmã de um deles. Clichê até aí. As referências ao fervor cultural e político americano dos anos 60 são exploradas através de citações de músicos “reais”, como Janis e Hendrix, e de eventos da época, como as manifestações contra a guerra do Vietnã e o crescente movimento hippie. A estética do filme explora as cores da época e o cinza do céu inglês, abusando de efeitos de cores nos momentos mais lisérgicos e também incluindo cenas inesperadas em meio ao romance, como as várias garotas dançando em cima de um lago, uma alusão explícita à famosa foto da garota nua durante a guerra (essa foi uma das cenas que mais gostei, por sinal).

E os Beatles. Sem eles, não existiria esse filme. Os personagens têm nomes relacionados às suas músicas, cantam as suas letras encaixando-as no contexto do roteiro, enquanto o universo do grupo permeia a história – o Magical Mystery Tour, a época das drogas e dos gurus espirituais, Strawberry Fields Forever.

O casal protagonista realmente poderia ter mais química e o roteiro poderia ajudar mais com isso, mas esse é o ponto. O romance é, na verdade, o pano de fundo para uma homenagem declarada aos Fab Four e aos beatlemaníacos, retomando várias fases de sua música e mostrando ao mundo que os caras fora sim muito fodas!
Para ver: Hey Jude

3 comentários:

q disse...

quero assistir! adoro anos 60, melhor ainda se a trilha sonora for com os beatles.

Emanuel disse...

esse é um dos filmes que eu tenho que ver quando chegar aqui no recife ou quando eu for embora.

falar em ir embora, então, deixa eu te contar.
no vai-não-vai pra são paulo, saiu o resultado do programa de mestrado do ita; dai não tem como não ir, né?
eu tô indo no final de fevereiro pra são josé dos campos (que fica a 1 hora da capital). agora fica mais perto/fácil de a gente marcar algo.
=)

Barba Ruiva disse...

Contracultura pura,ou impressão minha?
Quero vê-lo,mesmo não sendo um fã muito devoto,adoro os de Liverpool.,
Abraço