segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Artista



Quem diria que um filme mudo e preto e branco encantaria o mundo? Pois encantou. E muitos podem se questionar porquê, mas acredito que os motivos são vários. A história é a de um ator de cinema mudo de muito sucesso que, em pleno auge da carreira, vê-se diante de um dilema e da possibilidade de fracasso ao deparar-se com o lançamento dos primeiros filmes com som. O ator, sempre acompanhado do seu fiel cão (que dá um show à parte e mereceria um Oscar “animal”, caso existisse), faz então uma tentativa de manter-se com sucesso em pleno a esta grande mudança, atravessando ainda problemas em sua vida pessoal.

Uma série de ideias simples, mas que complementam o enredo do filme, fazem muito sentido com a história: o fato de o filme ser mudo e preto e branco vai de encontro direto com ela e com os filmes rodados no enredo, em um exercício de metalinguagem. Os atores convencem bastante e conseguem cativar um público que está habituado a milhares de informações e efeitos especiais. A empatia cresce com o personagem principal quando nos colocamos em seu lugar e nos identificamos com a situação em que se encontra. E assim, uma história que poderia ser um filme qualquer transforma-se em uma grande homenagem ao cinema e aos seus primórdios.

O Artista não vai mudar a sua vida, mas é um belo filme.
 
O Artista ****

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