O Oscar desse ano já tinha seus vencedores bastante previstos e isso não foi à toa. O prêmio principal para O Discurso do Rei foi merecido, assim como as premiações de melhores ator e atriz.
George VI foi coroado depois que seu irmão desistiu do reinado para casar-se com uma norte-americana divorciada. Com o peso de traumas do passado, o príncipe Albert (antes de tornar-se rei George) tinha gagueira e problemas para falar em público. Mesmo cansado de tantas tentativas frustradas de terapias para melhorar desse mal, por insistência de sua esposa (vivida por Helena Bonham Carter), vai fazer uma última tentativa com um terapeuta que tem métodos não tão tradicionais (com atuação de Geoffrey Rush, sempre muito bem). Aí se inicia uma amizade e desenvolve-se o enredo do filme, repleto de elementos que o fazem um daqueles filmes que agradam a qualquer pessoa. O grande destaque fica para a atuação de Colin Firth, vivendo o auge de sua carreira. Colin consegue criar uma grande empatia com Albert, uma "torcida" do público pelo sucesso do personagem. Merecidamente oscarizado.
Já Cisne Negro tem despertado emoções e opiniões distintas entre as pessoas - tenho ouvido alguns falarem mal, porém muitos admirados pelo filme. Nina (em fantástica atuação de Natalie Portman) é uma bailarina perfeccionista que tenta ganhar o papel principal em O Lago dos Cisnes. Viver a personagem do Cisne Branco, para ela, não é problema - a sua inocência, leveza e delicadeza a fazem perfeita para ele. Porém, a bailarina escolhida deve também encarnar o Cisne Negro, visceral, forte, sensual. A pressão sobre Nina aumenta quando ela é escolhida, mas não está preparada para viver o Cisne Negro. Começa aí o grande lance do filme, uma batalha psicológica da personagem com ela mesma, o seu lado mal reprimido e fazendo mal a si mesma. Não dá para falar mais porque senão estraga. Grande roteiro, direção e uma bela fotografia. Imperdível.O Discurso do Rei, 10/10
Cisne Negro, 10/10
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