sábado, 13 de novembro de 2010

Diário de Viagem - Parte 6: Paris

 A jornada pela Alemanha, Holanda e Bélgica já havia sido inesquecível: foram desde grandes cidades a lugarejos, muita história, arte e lindas paisagens. Foram dias em contato com culturas diferentes e novas experiências. Para fechar com chave de ouro, nenhum lugar melhor que Paris.

Voltar a Paris dois anos depois foi um misto de nostalgia, ansiedade e felicidade. A cidade havia me conquistado na primeira vez em que lá estive e voltar seria poder pisar nos lugares em que mais gostei e poder finalmente conhecer outros que não havia ido ainda.

Nosso primeiro contato com Paris foi em um almoço bastante reforçado ao lado do Louvre (o que tirou aquela impressão que os pratos franceses não são generosos na quantidade). Conhecemos as redondezas do hotel e os Jardins das Tulherias. Com uma parada por uma grande loja de perfumes (em que havia várias atendentes brasileiras), fizemos um tour pela cidade de ônibus. O tempo estava frio, e pela primeira vez na viagem tivemos que usar casacos mais pesados.

Na primeira vez que estive na cidade, a localização do hotel era fantástica, bastante perto da Champs-Elisées. Agora, eu estava bastante apreensivo porque iríamos nos hospedar em um hotel não tão muito bom, localizado no bairro 19, um bairro basicamente de imigrantes, já perto dos anéis periféricos de Paris. Mas não foi tão ruim assim: a avenida des Flandres era bem movimentada e tínhamos uma estação de metrô perto do hotel que nos levava facilmente ao resto da cidade.

Neste primeiro dia, ainda fizemos um passeio noturno para ver Paris iluminada. Nem a forte chuva que caía nos impediu de curtir o passeio, que terminou com uma visita à Torre para ver a sua nova iluminação.

Dia seguinte, pegamos o metrô e fomos caminhar na Champs-Elisées e conhecer o Arco do Triunfo, ponto obrigatório para turistas. Seguimos em direção ao Louvre e almoçamos no mesmo restaurante do dia anterior (dessa vez, pela primeira vez na viagem pudemos comer carne, em quantidade até exagerada e com um tempero repleto de cominho), e depois passeamos pelas Tulherias com mais calma, apreciando as belas paisagens. Seguimos então para a margem do Sena, andando pelas pontes e vendo a incrível vista desse belo e romântico rio. Fomos então para a Îlle de France, a ilha onde começou a cidade, para outro ponto obrigatório: a catedral de Notre Dame. Antes de entrar, uma cena emocionante e que rendeu fotos fantásticas: com a ajuda de um senhor que ganha a vida com isso, demos comida aos passarinhos, que vinham aos montes em nossas mãos, incrivelmente sem machucar ou nos sujar. Logo entramos na catedral e andamos por suas incríveis colunas e vitrais.


Fomos depois caminhar pelas ruas do Quartier Latin e, em seguida, por Saint Germain de Près, lindo bairro em que fizemos uma parada para um café e um doce no Paul.  Caminhamos mais um tanto então e, já próximos do pôr-do-sol, pegamos o metrô rumo ao nosso hotel, onde tivemos uma janta não muito agradável - um frango ao curry que eu mesmo faço muito melhor. Mas isso foi o de menos depois de um dia maravilhoso.

Próximo dia foi hora de ir a um lugar que eu ainda não conhecia: Versalhes. Este era um dos momentos que eu mais aguardara em nosso passeio na França. O Palácio de Versalhes guarda muita história de alguns dos últimos reis franceses, de Maria Antonieta, da Revolução Francesa. Ele foi espelho de uma monarquia que muito ostentava, enquanto o povo parisiense não andava muito bem.

Cada corredor do palácio guarda surpresas indescritíveis, desde obras de arte, as pinturas no teto, móveis etc. Os quartos reais, as salas, as portas: tudo é muito grandioso, exageradamente luxuoso. A famosa sala dos espelhos, palco de várias festas da corte, impressiona com seus muitos lustres. Mesmo com a grande quantidade de turistas, foi possível curtir um pouco daquele clima. E falando em clima, a música que tocava alto nos jardins de Versalhes (por sinal enormes, lindos e muito bem cuidados) nos levava de volta a tempos antigos. De "brinde", pudemos, enquanto conhecemos o palácio, ver a exposição do escultor japonês Takashi Murakami, que levou mangá à França, misturando e contrastando suas obras com o cenário.

Se pela manhã já tivemos Versalhes, a tarde não poderia ser mais agradável: fomos à charmosa colina de Montmartre, bairro boêmio e reduto de pintores e artistas. Quem já assistiu o filme da Amelie Poulain pôde ver um pouquinho da vida dali: são ruas estreitas, casas e pequenos cafés, mercados de pinturas e muitos insistentes pintores querendo fazer uma caricatura de quem passava. Eu não havia conhecido o bairro e me encantei de imediato: seu charme é irresistível. Aproveitamos a vista da cidade e entramos na Sacre Coeur, catedral que fica no topo da colina. É uma pena que não tivemos muito tempo para conhecer melhor o lugar, porque eu realmente queria encontrar o Deux Moulins, café em que a Amelie trabalhava, mas fica para a próxima - ao menos já sei que fica na Rue des Frères.

Mas o dia ainda não terminara... Um outro passeio, com cenas inesperadas, ainda nos aguardava...

Um comentário:

Leo! disse...

Ownnnn que saudadee e quantas memórias! Sorte sua que acabou indo a mais lugares aos quais não fomos da primeira vez! espero que dá próxima eu esteja junto outra vez! ihihihhihi