Mais uma vez, ou melhor, duas
vezes, tive a oportunidade de voltar ao Canadá. Mas desta vez vendo o
país de uma diferente perspectiva: abaixo, muito abaixo, de zero graus.
Mais precisamente sentindo até 22 graus negativos. Isso mesmo,
negativos.
A
sensação é bizarra: no primeiro minuto você acha que aguenta, porém aos
poucos a pele começa a sentir os efeitos do frio, com uma ardência
indescritível. As extremidades do nariz e orelhas vão perdendo a
sensibilidade; aos poucos você vai encostando nelas e o desespero começa
a bater quando não se tem mais qualquer sensação nestas partes do
corpo. Depois de poucos minutos o que se quer é correr para um lugar
seguro e quentinho (o que não é difícil encontrar, porque lá o frio é
tanto que todos os estabelecimentos estão devidamente aquecidos).
O
mais bonito de tudo é estar trabalhando e de repente perceber que se
iniciou uma “tempestade” de neve: tudo fica branquinho no lado de fora,
uma paisagem um tanto silenciosa e depressiva, por um lado, porém
bastante “relaxante”, no sentido de transmitir uma paz, uma
tranquilidade...
E
caminhar na neve alta, ver montanhas de neve espalhadas pela cidade,
ver tudo branco e os carros e casas escondidos, tudo isso é uma
experiência um tanto diferente para nós brasileiros.
É
claro que não perdemos a oportunidade de desenterrar um carro da neve
com a pá e fazer “anjinho” na neve (era o que faltava para nos tornarmos
verdadeiros canadenses, disseram).
Uma
coisa que aprendemos: não é necessário um montão de casacos e roupas
para suportar um frio desses. O importante é ter um casaco apropriado
(térmico, com material para temperaturas muito baixas), um bom par de
botas impermeáveis; luvas e gorros ou protetores de ouvidos. Com estes
“apetrechos”, é possível divertir-se na neve sem ficar doente.
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