segunda-feira, 9 de abril de 2012

Canadá na neve




Mais uma vez, ou melhor, duas vezes, tive a oportunidade de voltar ao Canadá. Mas desta vez vendo o país de uma diferente perspectiva: abaixo, muito abaixo, de zero graus. Mais precisamente sentindo até 22 graus negativos. Isso mesmo, negativos.

A sensação é bizarra: no primeiro minuto você acha que aguenta, porém aos poucos a pele começa a sentir os efeitos do frio, com uma ardência indescritível. As extremidades do nariz e orelhas vão perdendo a sensibilidade; aos poucos você vai encostando nelas e o desespero começa a bater quando não se tem mais qualquer sensação nestas partes do corpo. Depois de poucos minutos o que se quer é correr para um lugar seguro e quentinho (o que não é difícil encontrar, porque lá o frio é tanto que todos os estabelecimentos estão devidamente aquecidos).

O mais bonito de tudo é estar trabalhando e de repente perceber que se iniciou uma “tempestade” de neve: tudo fica branquinho no lado de fora, uma paisagem um tanto silenciosa e depressiva, por um lado, porém bastante “relaxante”, no sentido de transmitir uma paz, uma tranquilidade...
E caminhar na neve alta, ver montanhas de neve espalhadas pela cidade, ver tudo branco e os carros e casas escondidos, tudo isso é uma experiência um tanto diferente para nós brasileiros.
 
É claro que não perdemos a oportunidade de desenterrar um carro da neve com a pá e fazer “anjinho” na neve (era o que faltava para nos tornarmos verdadeiros canadenses, disseram).

Uma coisa que aprendemos: não é necessário um montão de casacos e roupas para suportar um frio desses. O importante é ter um casaco apropriado (térmico, com material para temperaturas muito baixas), um bom par de botas impermeáveis; luvas e gorros ou protetores de ouvidos. Com estes “apetrechos”, é possível divertir-se na neve sem ficar doente.
 

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