quarta-feira, 20 de abril de 2011

Londres: parte 5


A viagem para Londres ainda tinha alguns dias e muitos lugares para ser visitados. Logo depois do "shopping day", o dia estava muito chuvoso e acabei indo a algumas lojas e ao Camdem novamente, dessa vez para comer na feirinha e pra fazer mais algumas compras. Depois fui ao shopping Westfield, em White Field, um passeio inusitado pra quem está em Londres. Mas o dia estava realmente preguiçoso.

Manhã seguinte, disposição de volta e depois de um passeio por Picadilly e pelo Soho, fui à Russel Square dar uma volta, ver os esquilos caminhando entre as folhas caídas e as árvores secas do frio, e curtir a paisagem do Hotel Russel, com sua linda construção em frente à praça. Em seguida caminhei até o British Museum, museu que eu "parcialmente" conhecia. Parcialmente porque quando fui, em 2008, não cheguei a ver todas as salas e coleções - estava numa altura da viagem que eu havia tido uma overdose de museus.

 
O British é um prato cheio pra quem gosta de história antiga. Muita coisa da época dos mesopotâmios, dos egípcios e dos gregos antigos, por exemplo, podem ser conferidas num espaço fantástico que é o museu. Para gastar-se horas e horas. Terminei o dia passeando por Totterham Court Road e indo à Tk Maxx, uma loja daquelas em que você perde horas garimpando roupas de grifes bacanas por preços muito mais em conta.



No próximo dia fui conhecer logo cedo o Science Museum, perto do Victoria & Albert e do Natural History Museum. O museu tem uma estrutura bem mais tecnológica, e alguns de seus ambintes chegam a dar experiências sensoriais, através da luz, de mensagens exibidas em telas e de aparelhos interativos. A parte mais legal, para mim, foi ver uma exposição de produtos que mostram o avanço da tecnologia, com o primeiro ou algum dos primeiros de tudo: desde escova de dentes, televisão, vitrolas, computadores, brinquedos etc. À tarde, uma boa caminhada por Bank com direito a uma posterior passagem pelo Spittalfields Market e finalmente chegando à Brick Lane, rua cheia de bons brechós, da loja de disco / selo Rough Trade e de várias lojas de comécio bengalês. Recentemente vi um programa feito pela Didi, do Multishow, passeando pela rua e por seu mercado. É um lugar não tão visitado por turistas mas que é prato cheio para vasculhar coisas e fazer boas compras.

Mais um dia em Londres e comecei bem atravessando a Tower Bridge e indo procurar o Design Museum. Ele fica escondidinho, à beira do Tâmisa, e nessa percebi mais uma vez como a cidade é muito bem sinalizada, porque foi facinho encontrá-lo. O ingresso de 10 pounds valeu a pena: uma exposição sobre a história do desenho na moda, com desenhos do começo do século XX até alguns bem recentes. Na parte superior do museu, outra exposição com tudo o que premiado como o mais interessante do design no mundo inteiro de 2010, envolvendo desde roupas e sapatos até tecnologias para Ipad, para a música e arquitetura. O Brasil estava representado com uma "barraca" de acampar bastante inovadora. Mas o que me chamou bastante atenção foi uma obra feita com várias placas que respondiam ao passar a mão sobre elas, dobrando-se para cima. Para entender, veja o vídeo abaixo.





Depois fui ao Tate Modern, museu de arte contemporânea e moderna que possui várias obras de artistas do mundo inteiro, com instalações enormes e uma bela vista. Fui então tirar fotos na Millenium Bridge com a St. Paul's Cathedral ao fundo. 

No 3 de março foi hora de conhecer um dos museus que mais gostei, o Imperial War Museum. Ele mostra a história duas guerras mundiais e de todas que vieram depois. No seu acervo, vários aviões, tanques, armas etc., e ambientes muito explicativos sobre toda essa triste história. O interessante é que a maioria das coisas ali não é réplica: são originais que sobreviveram à esta difícil fase da história mundial. Uma exposição comovente sobre o Holocausto fechou a minha visita a este incrível lugar. A tarde foi de mais compras: um monte de sacolas compensaram o que eu estava me segurando nos outros dias.



Meu penúltimo dia em Londres foi de ir ao Fashion and Textile Museum. Depois de um tempo enrolando em um café (muito bom, por sinal) para esperar o horário de abertura, descobri que o museu não era o que eu esperava. Minha expectativa era ver um pouco sobre a história da moda e do design, mas logo descobri que o lugar é casa de exposições temporárias, ou melhor, de uma única exposição. Tratava-se de uma designer inglesa, Sue Timney. A exposição era interessante, mas não compensou minha frustração. À tarde, uma caminhada pelas redondezas do Hyde Park e por Chelsea, o bonito e tradicional bairro residencial.

A minha jornada por Londres ainda não havia terminado, mas já estava deixando saudades.

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