quarta-feira, 6 de abril de 2011

A arte de esperar

Algumas horas esperando para uma (que deveria ser simples) troca de pneus. Não trouxe um livro, já li o jornal, na tv passa um desenho animado de gosto duvidoso e a internet do celular não está funcionando. Em horas como essas, em que nada consegue distrair o cérebro, consigo parar para pensar em coisas da vida. Assuntos desde orçamento do mês, planejamento de férias, até o que vou ter para o almoço vem e voltam. Repensar a carreira, os desejos, os anseios para o futuro. 

Ao invés de impaciência, ganho uma sessão de análise gratuita, em que me ponho tanto como analista quanto na posição de analisado. Consigo esse momento também quando pego meu iPod e vou caminhar e correr em um parque. É praticamente um vis-à-vis comigo mesmo. 

Se eu chego a alguma conclusão? Nem sempre. Mas a divagação já é um exercício. E cá estou, e os pneus ainda não estão prontos.

Curitiba, 02 de abril de 2011. Em um momento entediante.

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