Eu já escrevi por aqui que não sou um grande fã de Paulo Coelho, mas mesmo assim o respeito por suas conquistas. Porém, sempre que lança um novo livro, acabo tendo acesso por meio de minha mãe, fã do mago. E há aquela história: muita gente fala mal dele sem ao menos ter lido. Mas não quero ficar me justificando, tampouco falar mal: O vencedor está só é um bom livro. Não é um clássico nem um primor de escrita, mas envolve. Coelho consegue nos transportar ao mundo do festival de cinema de Cannes, e tudo que acontece em seu backstage: os interesses, o papel de cada uma das pessoas - aspirantes a atores/atrizes, pessoas que querem aparecer de qualquer jeito, celebridades que pensam em cada movimento para estarem na hora certa para a pose certa.
O enredo se passa em um só dia do festival, tratando a história de várias personagens: uma atriz atrás de um papel, um estilista de alta costura o dono de uma empresa de telecomunicações são alguns deles. Mas o mistério começa quando, em meio à toda a segurança e glamour (ou falso glamour) de Cannes, inicia-se uma série de assassinatos.
A maneira com que Coelho escreve diferencia-se do resto da sua literatura, procurando agilidade e suspense, ao mesmo tempo, e não facilitando, de começo, o entendimento de cada personagem e suas motivações. A temática - praticamente um romance policial - também destoa do resto de sua bibliografia, promovendo algo novo e, quem sabe, conquistando novos leitores, mesmo que em um ou outro momento percebe-se as lições de vida etc. costumeiras.
O vencedor está só, Paulo Coelho, 8/10
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