sábado, 19 de dezembro de 2009

Abraços partidos

Almodóvar está de volta. E como um novo sabor. Abraços Partidos não é uma obra prima, mas é importante para a carreira do diretor, e já digo porque. Penélope Cruz brilha nessa história de um roteirista e diretor de cinema que acaba se envolvendo emocionalmente com Lena, uma aspirante a atriz que deixa o seu relacionamento com um rico empresário para viver sua história de amor e conseguir protagonizar seu primeiro filme, enquanto que o empresário não se conforma em ser abandonado.


Na trama, vários elementos já conhecidos do diretor: a metalinguagem (um filme dentro do filme), a temática da vingança e personagens um tanto peculiares. Mas ao mesmo tempo, sentimos um pouco de Almodóvar tentando livrar-se de si mesmo, ou seja, tentando criar um novo estilo, uma nova linguagem para seu cinema. Isso pode até decepcionar um pouco os seus fãs, mas não impede que Abraços Partidos, recentemente indicado ao Globo de Ouro por melhor filme estrangeiro, seja admirável.

Abraços Partidos, 8/10

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