Há
pouco tempo atrás lembro de ter lido uma entrevista com a Maria Rita em
que ela confirmava que não tinha repertório e tampouco sabia quando
iria lançar um disco novo. Eis que de repente a intérprete resolve
entrar em estúdio e, em poucos dias, gravar um novo álbum. O resultado é
Elo, um conjunto de regravações que reúne um pouco dos estilos já
interpretados por ela nos trabalhos anteriores.
Na
verdade, Elo parece muito com seus dois primeiros álbuns, tanto
musicalmente quanto na escolha de repertório. Algumas boas escolhas
(como o sambinha Para Matar Meu Coração),
mais uma regravação de Los Hermanos (A Outra), Djavan (Nem um dia, numa
"versão nada a acrescentar"), Caetano (Menino Do Rio, que ela realmente
deve gostar muito, por regravar a canção já manjada) e um Chico Buarque
dispensável (a ótima A História de Lily Braun, mas que teve uma versão
tão boa feita recentemente pela Maria Gadú que em Elo fica sem graça).
A
impressão que dá é que Maria Rita gravou Elo somente para cumprir
tabela, poder fazer um novo show etc., e não que realmente a inspiração
bateu à porta da cantora. Mesmo assim, conseguiu fazer um disco
agradável. Se não vai marcar a história da música brasileira, ao menos é
uma boa audição.
Maria Rita - Elo ***
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